25 de novembro de 2008

Saiu no Jornal

A medicina vêm evoluindo cada vez mais nas descobertas referente as doenças.
A notícia abaixo foi divulgada no portal do jornal O Globo no dia 05/11/2008.
Link da notícia


Cientistas decodificam pela 1ª vez genoma de pessoas com câncer

RIO - Pela primeira vez, pesquisadores decodificaram todos os genes de uma pessoa com câncer, descobrindo uma série de mutações que podem ter causado a doença ou possibilitado a sua evolução, como mostra matéria publicada nesta quinta-feira no jornal O Globo..

Usando células da pele e da medula óssea de uma mulher, de cerca de 50 anos, que sofria de leucemia, os cientistas da Universidade de Washington, em St. Louis, seqüenciaram todo o DNA de suas células doentes e fizeram uma comparação com suas células normais. Depois, enumeraram dez mutações que só ocorreram nas células cancerosas, aparentemente estimulando a sua multiplicação anormal e fazendo com que as células se tornassem resistentes à quimioterapia.

A pessoa que cedeu seus genes para o estudo, publicado nesta quinta-feira na revista "Nature", se tornou não apenas o primeiro paciente com câncer, mas também a primeira mulher a ter todo o seu genoma decodificado. Para manter a privacidade da paciente, que já faleceu, e de sua família, essas informações não serão tornadas públicas e estarão restritas a estudos científicos. Ela sofria de leucemia mielóide aguda, um tipo agressivo de câncer, que afeta cerca de 13 mil pessoas por ano nos EUA, matando em torno de oito mil. Suas causas ainda são desconhecidas.

Segundo os pesquisadores, as descobertas podem conduzir ao desenvolvimento de novas terapias e diagnósticos, além de ajudar os médicos a desenvolverem melhores opções de tratamento.

Embora a pesquisa tenha envolvido uma pessoa com leucemia, a técnica pode ser usada para estudar o genoma de pacientes com câncer de mama, pulmão e cérebro.

- Esse é o primeiro de muitos outros genomas do câncer que serão seqüenciados - afirmou Richard K. Wilson, da Universidade de Washington, um dos autores do estudo. - Eles nos darão valiosas informações sobre o que ocorre no DNA quando o câncer começa a se desenvolver.

21 de novembro de 2008

Ignorância é uma Benção

Já dizia um certo ditado popular... Sempre fui muito de querer conhecer os detalhes das coisas. Das possibilidades, estatísticas e tudo mais. Se tinha uma dorzinha em algum lugar já corria no google para tentar descobrir a causa, o diagnóstico e tudo mais. E lia cada coisa...
Depois que a leucemia apareceu não quero mais saber de super-informação. Nada de pesquisas na internet. Evito todo material relacionado a câncer com receio de ler algo como probabilidades de tantos por cento, alto risco, baixo risco ou qualquer coisa assim. Pois se leio crio um monte de caraminholas. O pensamento positivo e as pessoas em volta são os maiores aliados por todo o tratamento. Não podemos nos entregar. Tem muitos momentos difíceis, mas temos que enfrentá-los e ultrapassá-los.
Quando a médica tem que falar qualquer coisa, ela diz. Não é que não queira entrar nos detalhes que deixo de saber o que há, ou que deixam de dizer. Mas também não procuro saber muito. Se a médica diz que o exame está bom para mim já é informação suficiente. Ficamos felizes e vamos caminhando. As vezes ela tenta explicar algo mais técnico, até mesmo porque muita gente pergunta e aí é bacana estar informando os outros.

17 de novembro de 2008

Milk-shake na Quimioterapia

Este texto foi retirado da revista do laboratório Fleury, da edição de março. Foi redigida pelo jornalista e escritor Ruy Castro.

Crônicas e experiências sobre saúde e qualidade de vida

Os médicos avisaram: a radioterapia seria dura, dolorosa e diária, mas a quimioterapia, semanal e comparativamente mansa – ou, pelo menos, o coquetel de drogas, mais ameno do que na maioria dos tratamentos. E, assim, lá fui eu para a primeira químio, num centro especializado no largo do Machado.

Logo ao chegar, reconheci o prédio. Em seu lugar, no passado, ficava o São Luiz, um dos mais deslumbrantes cinemas do Rio. Quando jovem, eu o freqüentava toda semana, e o ritual era invariável: milk-shake do vizinho Bob’s, pipoca na carrocinha da esquina e, só então, entrar para ver o filme. Mas o cinema tinha vindo abaixo, o pipoqueiro sumira e eu próprio, com um câncer que não estava nos planos, também não me sentia grande coisa.

Assim que me plugaram aos soros e gororobas, no entanto, algo despertou em mim. Ninguém falara em jejum e, pelo visto, não havia contra-indicação a um milk-shake durante a químio. Por que não tomar um, já que teria de ficar ali pelas próximas horas? Daí, pedi à Heloisa, minha mulher, que fosse ao Bob’s e me trouxesse um milk-shake de Ovomaltine.

Ela fez isso e, pelos 20 minutos seguintes, saboreei meu melhor milk-shake em décadas. E, como nem a químio nem o milk-shake me provocassem o menor enjôo, repeti o processo na semana seguinte e nas outras.

Até que caí em mim. Talvez eu fosse o único ali a ter o privilégio de uma químio suave. Ouvia dizer que as químios eram horríveis, que muita gente passava mal – donde que coisa antipática ficar me exibindo com aquele copázio de milk-shake enquanto os colegas de tratamento, quem sabe, estavam aos engulhos diante do espetáculo. Decidi que, pelo resto do tratamento, iria me privar da delícia.

Agüentei firme as três ou quatro horas da químio naquele dia e, ao me levantar para ir embora, congratulei-me intimamente pela minha força de vontade. Que diabo, é preciso também pensar nos outros. Mas, então, perto da saída, deparei com uma colega de tratamento, tão plugada quanto eu, lambendo um Chicabon como se não houvesse nada mais importante no mundo naquele momento. E, pensando bem, não havia mesmo. Na semana seguinte, voltou o milk-shake.

13 de novembro de 2008

Escapadas

Outubro foi um mês agitado. Acho que em quase todos os fins de semana aproveitamos para fazer algum passeio. Fomos a Minas Gerais visitar minha avó e meu tio. Estivemos em São Paulo para encontrar uns amigos passando um dia muito bacana e apreciamos uma massa deliciosa no Bexiga. Estivemos em Monte Verde com uns amigos aproveitando o finalzinho do frio. E como tava frio por lá! Brrrrrr!
Algumas escapadelas que faz a gente sair de casa, sair da rotina, fazer algo diferente, se descontrair e divertir.
Ficar em casa em frente do computador o tempo inteiro não dá, né?! :)

8 de novembro de 2008

Exemplos

Desde o diagnóstico e do início do tratamento ficamos pensando muitas coisas sobre as possibilidades futuras. Sobre as perspectivas da vida daqui para frente. Desde o começo somos apresentados a bons e maus exemplos. De casos negativos e outros positivos. Como uma enfermeira da clínica disse uma vez, temos sempre que apegar nas histórias de sucesso e esquecer, evitar e nem comentar o que for diferente disso. A cabeça é tudo e o pensamento positivo é poderoso.
Lance Armstrong é um ciclista americano que foi diagnosticado com câncer no testículo em 1996. Depois do tratamento se recuperou e venceu por sete vezes (1999-2005) o Tour de France, mais importante prova do ciclismo no mundo. Parou de correr em 2005 mas este ano anunciou que vai voltar a competir. Ele fundou a "Fundação Lance Armstrong" para luta contra o câncer. Já escreveu livros sobre o tema, como o “Vontade de Vencer – A Minha Corrida contra o câncer".
Maarten van der Weijden teve o diagnóstico de leucemia sete anos atrás. Após passar por muita quimioterapia e um transplante hoje foi medalhista de ouro olímpico da prova de maratona aquática.
Nem precisamos falar destes atletas de alto rendimento, basta ligar a TV diariamente e ver Ana Maria Braga, em boa saúde após muita quimioterapia e tratamento.
Acho que mirar em bons exemplos serve não apenas para quando não estamos bem, mas para tudo na vida.

4 de novembro de 2008

Grande Lista

Estes dias fui no dentista e como era a primeira consulta tive que preencher uma ficha com diversas perguntas. Uma delas perguntava se estou fazendo algum tratamento médico, se estou tomando alguma medicação. Quando vamos num laboratório para fazer algum exame também é comum o atendente perguntar se está tomando algum remédio.
Vixe! Algum medicamento?! A lista de remédios é maior que a lista de compras do mês do supermercado! Tá loco!
Brincadeiras a parte são tantos nomes estranhos que fica até difícil de lembrar. Omeprazol, bactrin, glivec, nausedron... Sem contar que tem época que está tomando um, e outra hora está tomando outro. E por aí vai...
Bem verdade que neste momento a lista não é tão grande assim, já foi muito maior.
Mas o importante é lembrar que a medicação está ajudando, que é para melhorar. As vezes o efeito colateral não é muito agradável mas temos que contornar da melhor maneira possível.